Banco Master

19 de dezembro, 2025 às 17:56
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Revisão histórica

Adicionado evento de 18/11/2025 sobre a suspensão da operação de compra do Banco Master pela Fictor Holding e atualizado o contexto e os principais atores com essa informação.

Banco Master

Visão geral

O Banco Master é uma instituição financeira brasileira que, em dezembro de 2025, teve sua liquidação extrajudicial decretada pelo Banco Central do Brasil (BC). A decisão do BC foi motivada pela deterioração da situação econômico-financeira e de liquidez do banco, bem como por infrações às normas bancárias. A liquidação extrajudicial implica o encerramento das atividades do banco, com um liquidante assumindo o controle para vender bens e pagar credores. O caso gerou questionamentos por parte do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a conduta do Banco Central no processo.

Contexto e histórico

O Banco Master enfrentava desafios financeiros, incluindo um alto custo de captação e investimentos considerados de alto risco, como a emissão de CDBs com taxas elevadas e a compra de precatórios. Tentativas de venda da instituição, incluindo uma proposta do BRB (Banco de Brasília) e da Fictor Holding, não foram concretizadas. A liquidação extrajudicial foi decretada logo após a apresentação de uma proposta de compra pela Fictor Holding, e pouco mais de dois meses após a rejeição da aquisição pelo BRB. Após a decretação da liquidação extrajudicial, o consórcio de investidores Fictor informou a suspensão da operação de compra do Banco Master, alegando ter tomado conhecimento da decisão do Banco Central pela imprensa. A Fictor se colocou à disposição das autoridades para esclarecimentos, afirmando que estava preparada para seguir com a transação, mas aguardava um entendimento sobre o cenário legal.

Linha do tempo

  • Outubro de 2025 (aproximadamente): Banco Central rejeita proposta de aquisição do Banco Master pelo BRB.
  • Novembro de 2025 (aproximadamente): Fictor Holding apresenta proposta de compra do Banco Master.
  • Dezembro de 2025: Banco Central decreta a liquidação extrajudicial do conglomerado Banco Master (incluindo Banco Master S/A, Master de Investimento, Letsbank e Master Corretora) e o coloca sob administração especial temporária por 120 dias.
  • 18 de novembro de 2025: O consórcio Fictor informa a suspensão da operação de compra do Banco Master após a decretação da liquidação extrajudicial.
  • 19 de dezembro de 2025: Ministro Jonathan de Jesus, do TCU, solicita esclarecimentos ao Banco Central em até 72 horas sobre a liquidação, citando indícios de precipitação e possíveis irregularidades. O ministro Dias Toffoli, do STF, também determina oitiva do Banco Central sobre o caso.

Principais atores

  • Banco Master: Instituição financeira brasileira que teve sua liquidação extrajudicial decretada.
  • Banco Central do Brasil (BC): Autoridade monetária que decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master.
  • Tribunal de Contas da União (TCU): Órgão de controle externo que questionou a conduta do BC no processo de liquidação, através do ministro Jonathan de Jesus.
  • Supremo Tribunal Federal (STF): Corte suprema que, através do ministro Dias Toffoli, determinou oitiva do BC sobre o caso.
  • Jonathan de Jesus: Ministro do TCU que solicitou explicações ao BC sobre a liquidação do Banco Master.
  • Dias Toffoli: Ministro do STF relator de uma ação sobre o caso, que determinou oitiva do BC.
  • Gabriel Galípolo: Presidente do Banco Central, que assinou o ofício justificando a liquidação.
  • BRB (Banco de Brasília): Instituição que tentou adquirir o Banco Master, mas a proposta foi rejeitada pelo BC.
  • Fictor Holding: Empresa que apresentou uma proposta de compra do Banco Master pouco antes da liquidação. Após a liquidação, suspendeu a operação e se colocou à disposição das autoridades para esclarecimentos.

Termos importantes

  • Liquidação extrajudicial: Processo em que o Banco Central encerra as atividades de uma instituição financeira que não tem mais condições de operar. Um liquidante assume o controle, vende os bens e paga os credores, extinguindo a instituição.
  • Administração especial temporária: Medida preventiva adotada pelo Banco Central para supervisionar e intervir na gestão de uma instituição financeira em dificuldades.
  • CDB (Certificado de Depósito Bancário): Título de renda fixa emitido por bancos para captar recursos, remunerando o investidor com juros.
  • Precatórios: Ordens de pagamento expedidas pelo Poder Judiciário para que entes públicos (União, estados, municípios) paguem valores devidos após condenação judicial definitiva.

Fontes