Hugo Motta

19 de dezembro, 2025 às 16:25
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Hugo Motta

Visão geral

Hugo Motta é um político brasileiro, filiado ao Republicanos, e atualmente ocupa a presidência da Câmara dos Deputados. Ele representa o estado da Paraíba. Recentemente, Motta esteve no centro de um debate público após rebater críticas de seu antecessor, Arthur Lira, sobre sua gestão na Câmara, defendendo o papel do Congresso Nacional. Além disso, Motta defendeu publicamente a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e de órgãos de controle em investigações contra parlamentares, afirmando que a Câmara não tem compromisso com quem age de forma irregular. Ao final de 2025, Motta avaliou que a relação entre a Câmara e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava "estabilizada", expressando expectativa por mais diálogo em 2026, apesar das divergências ocorridas ao longo do ano.

Contexto e histórico

Hugo Motta foi eleito presidente da Câmara dos Deputados no início de 2025, com o apoio de Arthur Lira, seu padrinho político. A relação entre os dois, no entanto, tornou-se tensa após Lira expressar insatisfação com a condução de Motta em pautas importantes, como a análise da cassação do deputado Glauber Braga. Lira criticou publicamente a gestão de Motta, descrevendo a Câmara como uma "esculhambação" e sugerindo que o atual presidente estava "perdido". Motta, por sua vez, defendeu sua administração e o trabalho do Congresso, afirmando que a Casa tem atuado positivamente em prol do país. Em um desenvolvimento posterior, Motta se posicionou sobre investigações envolvendo parlamentares, defendendo o papel do STF e da Polícia Federal em apurar condutas irregulares. Ele enfatizou que a Câmara não protegerá deputados com condutas ilícitas, mesmo diante de operações como a que teve como alvo os deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, investigados por desvio de recursos de cotas parlamentares.

Relação com o Governo Lula

Ao longo de 2025, a relação entre Hugo Motta e o governo Lula foi marcada por tensões e divergências. Um dos episódios mais recentes de desentendimento ocorreu durante a análise da proposta que cria um marco legal de combate ao crime organizado, conhecido como PL Antifacção. Motta defendeu a escolha de Guilherme Derrite (PP-SP), um opositor do governo, como relator do projeto, o que gerou críticas de lideranças governistas, como a ministra Gleisi Hoffmann. O desconforto com a cúpula governista ficou evidente em 26 de novembro, quando Motta não compareceu a um evento no Palácio do Planalto para a sanção da proposta que eleva a isenção do Imposto de Renda. Dois dias antes, Motta havia declarado publicamente o rompimento com o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias. Apesar desses episódios, Motta afirmou que o diálogo com o presidente Lula nunca foi perdido e que a relação termina o ano "estabilizada", com a expectativa de maior entendimento em 2026. Ele destacou a colaboração da Câmara na aprovação de projetos de interesse do governo e a importância da independência e harmonia entre os Poderes. Motta também deu seu apoio à indicação de Gustavo Feliciano para o Ministério do Turismo, considerando que ele poderá ajudar o governo a melhorar sua performance no Congresso.

Linha do tempo

  • Início de 2025: Hugo Motta é eleito presidente da Câmara dos Deputados com o apoio de Arthur Lira.
  • 24 de novembro de 2025: Hugo Motta declara publicamente o rompimento com o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias.
  • 26 de novembro de 2025: Hugo Motta não participa de evento no Palácio do Planalto para a sanção da proposta que eleva a isenção do Imposto de Renda, evidenciando o desconforto com a cúpula governista.
  • 2025: Divergências entre Motta e o governo Lula ocorrem durante a análise do PL Antifacção, com críticas governistas à escolha de Guilherme Derrite como relator.
  • 19 de dezembro de 2025: Hugo Motta rebate publicamente as críticas de Arthur Lira à sua gestão na Câmara, defendendo o trabalho do Congresso Nacional.
  • 19 de dezembro de 2025: A Polícia Federal deflagra operação, autorizada pelo STF, contra os deputados federais Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy para apurar desvio de recursos de cotas parlamentares.
  • 19 de dezembro de 2025: Hugo Motta defende publicamente a atuação do STF e de órgãos de controle em investigações contra parlamentares, afirmando que a Câmara não tem compromisso com quem trabalha errado.
  • 19 de dezembro de 2025: Hugo Motta avalia que a relação entre a Câmara e o governo Lula está "estabilizada" e expressa expectativa por mais diálogo em 2026.
  • 19 de dezembro de 2025: Hugo Motta dá "testemunho favorável" à indicação de Gustavo Feliciano para o Ministério do Turismo, destacando sua capacidade de ajudar o governo.

Principais atores

  • Hugo Motta (Republicanos-PB): Atual presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal pela Paraíba.
  • Arthur Lira (PP-AL): Ex-presidente da Câmara dos Deputados e padrinho político de Hugo Motta.
  • Glauber Braga (PSOL-RJ): Deputado cuja cassação foi um dos pontos de discórdia entre Motta e Lira.
  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ): Deputado federal alvo de operação da Polícia Federal em 19 de dezembro de 2025.
  • Carlos Jordy (PL-RJ): Deputado federal alvo de operação da Polícia Federal em 19 de dezembro de 2025.
  • Andrei Rodrigues: Diretor-Geral da Polícia Federal, que comunicou Hugo Motta sobre a operação contra os deputados.
  • Colégio de Líderes: Grupo de líderes partidários com quem Motta afirma dividir as decisões e responsabilidades da gestão da Câmara.
  • Guilherme Derrite (PP-SP): Deputado federal, escolhido por Motta como relator do PL Antifacção, gerando atritos com o governo.
  • Gleisi Hoffmann: Ministra das Relações Institucionais, criticou o texto do PL Antifacção.
  • Lindbergh Farias (PT-RJ): Líder do PT na Câmara, com quem Hugo Motta declarou ter rompido em novembro de 2025.
  • Gustavo Feliciano: Indicado para assumir o Ministério do Turismo, com o apoio de Hugo Motta.

Termos importantes

  • Câmara dos Deputados: Uma das casas do Congresso Nacional do Brasil, responsável pela elaboração e votação de leis.
  • Padrinho político: Termo informal para descrever um político mais experiente que apoia e orienta a carreira de outro.
  • Cassação de mandato: Perda do cargo eletivo de um parlamentar, geralmente por quebra de decoro ou outras infrações graves.
  • Colégio de Líderes: Órgão consultivo e deliberativo da Câmara dos Deputados, composto pelos líderes das bancadas partidárias.
  • Cota parlamentar: Verba pública destinada a cobrir gastos relacionados ao exercício do mandato de deputados federais, como passagens aéreas, aluguel de escritórios e despesas com divulgação.
  • PL Antifacção: Proposta que cria um marco legal de combate ao crime organizado, foi ponto de atrito entre Motta e o governo Lula.

Fontes