Sóstenes Cavalcante

19 de dezembro, 2025 às 16:23
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Revisão histórica

Adicionado evento de 19/12/2025 sobre a reação do Presidente da Câmara, Hugo Motta, e as declarações de Sóstenes Cavalcante após a Operação "Galho Fraco".

Sóstenes Cavalcante

Visão geral

Sóstenes Cavalcante é um político brasileiro, atualmente deputado federal pelo Partido Liberal (PL) e líder da bancada do partido na Câmara dos Deputados. Em dezembro de 2025, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), denominada "Galho Fraco", que investiga o desvio de recursos públicos provenientes de cotas parlamentares. As investigações sugerem que ele e outro deputado estariam envolvidos no direcionamento de verbas para empresas de fachada, incluindo uma locadora de veículos. Após a deflagração da operação, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, defendeu a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos órgãos de controle, afirmando que a Casa não protegerá condutas irregulares e não tem "compromisso com quem não trabalha correto". Sóstenes Cavalcante, por sua vez, negou envolvimento com lavagem de dinheiro e declarou "não ter nada a temer".

Contexto e histórico

A investigação contra Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy é um desdobramento da operação "Rent a Car", deflagrada em dezembro de 2024, que inicialmente mirou assessores parlamentares. A Polícia Federal, após análise de materiais colhidos, depoimentos e quebras de sigilo, encontrou indícios de que agentes políticos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para desviar e ocultar verbas públicas. Os crimes apurados incluem peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A ação da PF, autorizada pelo STF, gerou reações no meio político, com o presidente da Câmara, Hugo Motta, sendo comunicado da operação pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e evitando pré-julgamentos, mas reiterando o respeito ao trabalho do Judiciário.

Linha do tempo

  • Dezembro de 2024: Operação "Rent a Car" é deflagrada, mirando assessores parlamentares por suposto desvio de cotas parlamentares.
  • 19 de dezembro de 2025: Polícia Federal deflagra a Operação "Galho Fraco", um desdobramento da "Rent a Car", com mandados de busca e apreensão contra os deputados federais Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, expedidos pelo ministro Flávio Dino do STF. Neste mesmo dia, o presidente da Câmara, Hugo Motta, defende a atuação do STF e órgãos de controle, enquanto Sóstenes Cavalcante nega as acusações.

Principais atores

  • Sóstenes Cavalcante (PL-RJ): Deputado federal e líder do Partido Liberal na Câmara dos Deputados, alvo da Operação "Galho Fraco", que negou as acusações de lavagem de dinheiro.
  • Carlos Jordy (PL-RJ): Deputado federal, também alvo da Operação "Galho Fraco", que publicou nota e vídeo nas redes sociais alegando ser vítima de perseguição.
  • Polícia Federal (PF): Órgão responsável pela investigação e deflagração das operações "Rent a Car" e "Galho Fraco".
  • Ministro Flávio Dino (STF): Responsável por expedir os mandados de busca e apreensão contra os deputados.
  • Hugo Motta (Republicanos-PB): Presidente da Câmara dos Deputados, que defendeu publicamente a atuação do STF e dos órgãos de controle em investigações contra parlamentares, afirmando que a Câmara não tem "compromisso com quem não trabalha correto".
  • Andrei Rodrigues: Diretor-geral da Polícia Federal, que comunicou Hugo Motta sobre a operação.

Termos importantes

  • Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) / Cota Parlamentar: Valor mensal recebido por deputados e senadores para cobrir despesas relacionadas ao mandato, como passagens, hospedagens, aluguel de veículos e consultorias. Não se destina a complementar salários.
  • Peculato: Crime praticado por funcionário público contra a administração, que consiste em apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio.
  • Lavagem de dinheiro: Processo pelo qual recursos de origem ilícita são incorporados ao sistema econômico-financeiro de forma a mascarar sua procedência.
  • Empresa de fachada: Empresa criada com o objetivo de simular atividades comerciais legítimas para encobrir operações ilícitas, como desvio de recursos ou lavagem de dinheiro.

Fontes